Estudo do Observatório do Turismo Sustentável revela que Beira Baixa quer mais turismo

Estudo do Observatório do Turismo Sustentável revela que Beira Baixa quer mais turismo

O turismo de natureza é uma das principais apostas do Município de Proença-a-Nova para atrair turistas para o território e a rede de passeios pedestres, as praias fluviais e os desportos de aventura são apenas alguns dos argumentos de valorização do concelho que tem na Torre de Vigia da Serra das Talhadas, da autoria do Arquiteto Siza Vieira, uma das suas novidades mais recentes.

Estes pontos foram elencados por João Lobo, presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, durante o colóquio “Conhecer melhor para investir bem no turismo da região da Beira Baixa” que teve lugar na Escola Superior Agrária de Castelo Branco, no dia 16 de novembro, na mesa redonda dedicada à “cooperação de âmbito municipal e ao desenvolvimento de sistemas de informação estratégica para o desenvolvimento do turismo” em que participaram outros presidentes de câmara da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa.

João Lobo focou igualmente algumas das fragilidades do concelho a este nível, por exemplo o facto de a restauração nem sempre conseguir dar resposta ao fim de semana ou a ausência de operadores turísticos no concelho. “Há de facto um caminho grande a fazer relativamente à parte privada, para que possa usufruir dos produtos turísticos que os próprios municípios já consolidaram no território. Não querendo massificar, é importante também que os turistas não saiam defraudados na sua estadia”, acrescentou o autarca. Para refletir sobre a estratégia de turismo a nível nacional, regional e local, o Município promove anualmente um encontro com restauração, hotelaria e alojamentos locais, em que se sensibiliza, de igual forma, para o preenchimento de estatísticas que são fundamentais para a definição de projetos futuros. Em termos de promoção, já é certo que o Município repetirá as presenças nas principais feiras de turismo de Portugal (BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa) e Espanha (FITUR – em Madrid). O autarca referiu ainda como questão essencial a valorização de quem vive no concelho e de quem nos visita: “evidentemente que nós trabalhamos para as pessoas”.

Na ocasião foram ainda apresentados o Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal e os resultados do inquérito anual sobre “o turismo na região centro: a perspetiva dos residentes”.

Entre os 937 inquiridos, 64 residem na Beira Baixa e revelaram que, de uma forma genérica, consideram o turismo benéfico para toda a região, no seu reforço à economia e na valorização da cultura regional, entre outros aspetos. Não sendo uma região com forte pressão turística, comparando com outras geografias dentro da própria região de Turismo do Centro, o inquérito revelou que as pessoas querem mais turismo e mais turistas.

De acordo com as mais recentes estatísticas sobre o sector publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística, em setembro de 2022 apenas as regiões do Alentejo e Centro viram as dormidas descer, quando comparadas com setembro de 2019, o último ano antes da pandemia (no caso da região centro a descida foi de 3,3%).

Durante o encerramento deste colóquio, João Lobo, como presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, destacou como prioridades da região o trabalho em rede, a formação dos agentes e a busca de um turismo sustentável, “com condição de valor para estes territórios e para estas pessoas. Temos que ter sempre uma atenção especial para a valorização da pessoa, dos que cá estão e dos que nos visitam”, referiu.

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