Cultura
Cidades altomedievais da Península Ibérica reuniram-se em Idanha
Entre os dias 24 a 26 de novembro, investigadores de Portugal e Espanha reuniram-se em Idanha-a-Nova para um encontro dedicado ao estudo das cidades altomedievais da Península Ibérica.
A organização do Early Medieval Cities 2022 foi do Instituto de Estudos Medievais da Universidade Nova de Lisboa, em parceria com várias instituições, entre as quais a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.
“Ficamos muito satisfeitos por estes encontros sobres cidades medievais terem iniciado em Idanha, porque o património natural e o património histórico-cultural são os nossos maiores ativos. É uma riqueza deste território que está disponível para ser visitada, descoberta e investigada”, afirmou o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova Armindo Jacinto na abertura do evento.
Neste contexto, Armindo Jacinto realçou a importância das redes em que Idanha tem colaborado, nomeadamente o projeto de investigação IGAEDIS, centrado na aldeia histórica de Idanha-a-Velha e desenvolvido em parceria com a Universidade de Coimbra, a Universidade Nova de Lisboa e outras universidades europeias.
O encontro promoveu o diálogo interdisciplinar e a divulgação de trabalhos de investigação em curso. Para isso, contou com investigadores das principais cidades altomedievais da Península Ibérica: Idanha, Mérida, Braga, Conímbriga, Ammaia, Viseu, Coimbra, Vigo, Porto, Lisboa e Santiago de Compostela.
Participaram equipas multidisciplinares de áreas como arqueologia, história, antropologia, paleobotânica, bioarqueologia, geoarqueologia, entre outras.
Durante dois dias, os trabalhos decorreram no Centro Cultural Raiano, que acolheu palestras e debates. O terceiro dia levou os participantes numa visita a Idanha-a-Velha, na companhia da equipa do projeto de investigação IGAEDIS, constituído por mais de 20 investigadores nacionais e internacionais.
Refira-se que cada edição deste evento é realizada em pequenas/médias cidades onde estão em curso projetos sobre arqueologia da Alta Idade Média, procurando a descentralização dos encontros científicos e o envolvimento com as comunidades locais e a sua história e património.