O novo PSD

O novo PSD

. Leonor Beleza ascende a 1ª Vice-Presidente, desalojando Paulo Rangel

Luís Montenegro cumpriu a promessa de separar o Governo da Comissão Permanente, numa profunda mexida em que os quatro ministros até agora vice-presidentes do PSD (António Leitão Amaro, Margarida Balseiro Lopes, Miguel Pinto Luz e Paulo Rangel) passam a ser apenas vogais da Comissão Política Nacional. Na segunda intervenção que fez no 42.º Congresso, que termina neste domingo em Braga, o líder reeleito anunciou ainda que, na sua lista “totalmente paritária”, a presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, será a primeira vice-presidente.

Entre os poucos que ficam destaca-se o secretário-geral Hugo Soares, o braço direito de Montenegro, que tem acumulado com a liderança do grupo parlamentar do PSD, e ainda o presidente e vice-presidente da Mesa do Congresso, Miguel Albuquerque e José Manuel Bolieiro, num sinal de “apoio incondicional” aos governos regionais, ainda mais relevante para Albuquerque, pois o presidente do Governo Regional da Madeira foi constituído arguido por suspeitas de corrupção.

Mais discreta de entre os atuais vice-presidentes, Inês Palma Ramalho acaba por ser a única a manter-se – agora eurodeputado, Paulo Cunha também deixa a vice-presidência -, com a terceira mulher com tal estatuto a ser Lucinda Dâmaso, que é presidente da União Geral de Trabalhadores. Também vice-presidentes, com lugar na Comissão Permanente, passam a ser o deputado Alexandre Poço, antigo presidente da Juventude Social-Democrata, o ex-eurodeputado (e coordenador da Academia de Formação) Carlos Coelho, e Rui Rocha, autarca leiriense, homónimo do líder da Iniciativa Liberal, que era vogal da Comissão Política Nacional. Em sentido inverso, além dos quatro ex-vice-presidentes, entre os novos vogais estarão os ministros Miranda Sarmento e Pedro Reis, a presidente da Câmara de Portalegre, Fermelinda Carvalho, e a deputada Germana Rocha.

Outra alteração que pode ser vista como um voto de confiança a uma governante em dificuldades é a escolha de Ana Paula Martins, ministra da Saúde, para liderar o Conselho de Jurisdição Nacional. Já no Conselho Nacional – para o qual volta a haver várias listas -, Carlos Moedas mantém-se o primeiro nome na afeta à direção nacional, seguido pela futura comissária europeia Maria Luís Albuquerque, pela vice-presidente da Assembleia da República, Teresa Morais, Luís Campos Ferreira e Gonçalo Matias.

Luís Montenegro levantou-se da primeira fila para se dirigir aos congressistas pouco depois de Marques Mendes ter entrado no recinto do Fórum Braga,  no final da tarde, sentando-se ao lado do primeiro-ministro. Mas quando se pensava que a intervenção do líder reeleito se destinasse a lançar o antigo presidente social-democrata, que é conselheiro de Estado e comentador televisivo, como candidato à Presidência da República apoiado pelo partido, Montenegro disse apenas esperar pelo momento “quando alguma personalidade com esse perfil tomar a decisão de avançar”. Antes, o ministro-Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, entusiasta de Mendes em Belém, enunciara o perfil de um militante do PSD com “grande experiência e maturidade política e grande capacidade de unir o país”.

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