Rosa dos Ventos tem a missão de “deixar um cantinho do planeta melhor do que o encontramos”

Turismo 360º: Rosa dos Ventos tem a missão de “deixar um cantinho do planeta melhor do que o encontramos”

. Esta cafetaria em Vila Rei recebeu o selo Engaged do Programa Empresas Turismo 360º, dinamizado pelo Turismo de Portugal.

Ambitur.pt está a acompanhar de perto a evolução do Programa Empresas Turismo 360º, uma iniciativa do Turismo de Portugal que pretende colocar as empresas no centro do processo de transformação sustentável do setor. Paula Gamito conversa connosco para dar a conhecer a Rosa dos Ventos, da qual é fundadora.

Qual o significado de receber o selo Engaged do Programa Empresas Turismo 360º? 

Para nós ter o Selo Engaged é a forma de materializar e visualizar todos os dias a nossa forma de estar no mundo, relembra-nos as nossas metas e objetivos e serve para fazer sentir que estamos a percorrer o caminho certo. Permite-nos ainda ter, de forma sistemática e organizada, um conjunto de informações até então apenas executáveis mas não parametrizados. É muito mais fácil agora parametrizar o que estamos a fazer e obter dados de como melhorar e onde.

Qual é a principal atividade da empresa? 

A Rosa dos Ventos é a Cafetaria dentro do Museu de Geodesia, em Vila de Rei. Paralelamente, dinamizamos o museu e seus conteúdos, somos agentes Estrela na Rota da Nacional 2.

Paula Gamito

Quando foi fundada e por quem?

A Rosa dos Ventos foi criada em linha com o início da dinamização do Museu de Geodesia, em fevereiro de 2022, por mim, Paula Gamito. A vista 360º do Centro de Portugal, os mapas cartográficos e os aparelhos de medição territorial e marítima no local só poderiam resultar neste nome. Mas “O Bolo Feio” já vinha de Lisboa tal como o sonho do absinto e do Hotel Rural com horta biológica. E Vila de Rei é sem duvida o local perfeito para se concretizarem todos.

O que diferencia a empresa a nível de oferta?

Temos um conjunto de produtos diferenciadores: O Bolo de Chocolate mais FEIO de Vila de Rei – um bolo sem glúten e sem lactose que é adequado para todos. Sendo um bolo sem farinha é normal ficar mais tipo “mousse” e ficar feio quando é colocado no prato  – daí lhe chamarmos feio – baixamos as expectativas e ganhamos em opiniões positivas em relação ao sabor. Também lhe adicionamos um doce de limão com o qual escrevemos N2 – uma referência ao facto de estarmos mesmo a meio da Maior Rota da Europa, mas também porque os limões de Vila de Rei são de um aroma único o que valoriza a feiura do bolo. O bolo de chocolate já foi o mais feio de Lisboa, mas em 2021, ao visitar Vila de Rei, ficamos cativos por este concelho e mudamos de vida. A juntar a mais uns projetos a decorrer no Concelho, houve a possibilidade de ter um espaço de cafetaria único pela localização e pela beleza envolvente, que nos levou também a desafiar alguns produtores de iguarias locais para mostrarmos no museu o que de melhor por cá se faz em termos de doçaria, mel e artesanato – promovendo assim uma economia que se quer cada vez mais circular e local onde todos se possam desenvolver de forma sustentável, social e economicamente.

Porque aderiu ao Programa Empresas Turismo 360º?

Porque a sustentabilidade faz parte do nosso ADN e conseguir de uma forma simples registar dados, verificar fatores em falta e observar os resultados, em que áreas e como podemos melhorar desempenhos, é fundamental e até então os registos eram dispersos e sem métodos concretos de organização. O surgimento do Turismo 360º foi a resposta perfeita para simplificar e clarificar procedimentos e métricas. Sentir que estamos a ter uma linguagem e objetivos comuns ajuda a estabelecer metas mais alcançáveis e a ter soluções partilhadas para as alcançar.

“Bolo Feio”

Qual foi o benefício do Programa? 

Simplificar – permitiu organizar dados, observar o que não está contemplado ou feito, onde podemos melhorar e observar a evolução dos dados, permitindo corrigir ou melhorar com base nos mesmos.  Acreditamos que hoje já não é possível dizer que somos sustentáveis ou ecológicos – há que o mostrar com dados precisos. Por outro lado, permite-nos também estabelecer melhores relações e perspetivas com os nossos fornecedores, colaboradores e clientes, pois começa a surgir uma nova consciência que nos permite ter os mesmos objetivos e as mesmas exigências e alavancar melhores procedimentos ambientais e sociais.

Qual é a principal missão da empresa, tendo em conta este programa?

A nossa missão é deixar um cantinho do planeta melhor do que o encontramos, com base nas vertentes ambiental, social e económico.

Que projetos/novidades estão em marcha?

Está para muito breve o lançamento do nosso primeiro destilado – 10-20 Absinthium – um Absinto totalmente diferente do que existe no mercado – é biológico, elaborado com aromáticas frescas e que tem a pretensão de ser algo único e especial. Uma bebida 100% portuguesa só para apreciadores, made in Vila de Rei. Está também em vista o lançamento de uma página para venda online dos nossos Fudge, uns caramelos artesanais com uma textura suave e que, aqui na Rosa dos Ventos, têm vários sabores – Gengibre, Hortelã-Pimenta e Chá Príncipe. Em projeto está também a Encosta dos Gamitos –  um Hotel Rural que tem a pretensão de ser um hotel sustentável, em área biológica e com a vertente de reflorestação e recuperação de ecossistemas como primordial.

Por Diana Fonseca

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