Em desenvolvimento
O nosso jornal vai dar início hoje às celebrações dos 50 anos da Guerra Colonial.
Os contributos dos nossos Leitores serão publicados. Fica o desafio.
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Nota: O Memorial da Guerra Colonial instalado em Belém no Forte do Bom Sucesso omite 1151 nomes de “Camaradas Militares” que combateram na Guerra Colonial e ali não estão inscritos apesar da dádiva suprema – a Vida.
Urge resolver este problema. Fonte: http://guerracolonial.home.sapo.pt
* 4 de Fevereiro de 1961, marca o início da guerra.
No entanto, já antes, em 4 de Janeiro de 1961 na região de Malanje eram visíveis os problemas que tiveram por base as práticas utilizadas na empresa Cotonang (Luso-Belga) que mantinham os trabalhadores sob um duro regime na recolha do algogão, base da região.
As práticas eram tão duras que as próprias autoridades portugueses deram razão aos trabalhadores que haviam suspendido a recolha de algodão em protesto.
Tudo se tentou para apaziguar, em vão e, em 1 de Fevereiro, os nativos atacaram uma coluna militar e mataram dois soldados portugueses.
Começou a “batalha” e a resposta foi dura, culminando com a intervenção de duas companhias portuguesas e aviação e, no dia 9 de Janeiro, na baixa de Cassaje, sem mais mortos portugueses, pereceram 5524 angolanos.
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A noite de 3 de Fevereiro foi arrepiante na região de Luanda e no norte, com os ataques a esquadras e à prisão.
No norte, milhares de fazendeiros portugueses, surpreendidos foram chacinados em condições de barbárie absoluta e indescritível.
A resposta foi como era de esperar forte e, milhares de angolanos pereceram na reposição da ordem que jamais foi conseguida.
Em Portugal, António Oliveira Salazar desdramatizava e não enviava tropas…
Finalmente, em 14 de Abril, Salazar proferiu o célebre discurso ” Para Angola, rápidamente e em força“.
O Niassa ( que também me levou…em data diferente) atracou em Luanda apenas em 1 de Maio.
Salazar nunca visitou as “Colónias”, foi uma vez à fronteira de Espanha e, diz-se, uma vez a Paris…estava isolado e sabia o que lhe diziam…era pouco, evidentemente.
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Fontes: Várias, nomeadamente DN, e investigador José Brandão (Livro Cronologia da Guerra Colonial).
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Perdemos muitos jovens na guerra. Vejamos:
Chegámos a estar em combate, contando com tropas nativas, mais de 150 000 Homens.
Colónia Efectivos máximos Mortos
Guiné (1963/74 32 035 2 281
Angola (1961/74) 65 592 3 423
Moçambique (1961/74) 51 463 3 099
Notas: Ficaram portadores de deficiência permanente 15 507
Fontes: “Guerra Colonial” de Aniceto Afonso e Matos Gomes
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