Município da Sertã lança reedição do «Repensar Portugal» na Assembleia da República
O livro «Repensar Portugal» vai ser alvo de uma reedição, cujo lançamento oficial acontece no próximo dia 3 de novembro, pelas 14h30, no Auditório Almeida Santos, na Assembleia da República, em Lisboa. A publicação desta obra fundamental do Padre Manuel Antunes é coordenada pelo Município da Sertã, com o apoio do Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes e a chancela da Theya Editores.
“Este é um momento muito especial para o Município da Sertã. Depois de todas as iniciativas que temos levado a cabo nestes últimos anos em torno da figura do Padre Manuel Antunes faltava esta: reeditar a sua obra mais emblemática. E fazemo-lo agora porque, mais do que assumir a enorme atualidade do livro e a sua importância na vitalidade da democracia portuguesa, é fundamental dá-la a conhecer a novos públicos, fazê-la redescobrir por outros que já a leram e que parecem ter esquecido alguns dos seus ensinamentos e, sobretudo, tornar acessível este capítulo do pensamento de um homem brilhante”, sublinhou Carlos Miranda, presidente da Câmara Municipal da Sertã, que assina o prefácio desta reedição.
Carlos Miranda explica que a escolha do dia para a reedição da obra foi “devidamente articulada com o Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes, a Theya Editores e a Assembleia da República para coincidir com o 3 de novembro, data do nascimento do Padre Manuel Antunes”.
O autarca fez ainda notar que a opção por apresentar este livro na Assembleia da República é “absolutamente simbólica. Que outro local poderíamos escolher senão a casa da democracia portuguesa para este efeito?”.
Esta obra, editada originalmente em 1979, na Editora Multinova, reúne uma série de textos publicados pelo Padre Manuel Antunes na revista Brotéria logo após o 25 de abril de 1974. “Estamos agora a iniciar as comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974 e nada melhor que o relançamento desta obra para dar o pontapé de saída”, notou Carlos Miranda.
Guilherme d’Oliveira Martins e José Eduardo Franco assinam o estudo introdutório que acompanha a obra: “Este é um livro clarividente e de uma atualidade retumbante. Escrito em prosa, lê-se com sabor a poesia. Um sabor a poesia que encanta, sim, porque louva o gesto revolucionário, mas que também alerta para os perigos e denuncia os aproveitamentos desviantes do ideal mais puro que a revolução anunciava”, escrevem estes dois autores, que estarão igualmente presentes no lançamento agendado para o dia 3 de novembro.