11 de Setembro, data a recordar sempre

. Como sempre, apressados, os Bombeiros caminham para a morte.

Centenas de Bombeiros mortos nas torres, milhares de cidadãos mortos, desastre imenso

O dia em que a América tremeu começou por ser uma terça-feira normal na cidade que nunca dorme.

Mas eis que o choque de dois Boeing 767-200ER contra um dos edifícios mais emblemáticos de Nova Iorque haveria de mudar a história para sempre.

    • Bombeiros em força a caminho da morte certa.

Photographer’s Mate Eric J. TIlford (Com a devida vénia)

Passavam 46 minutos das oito da manhã quando um primeiro avião colidiu com a torre norte do World Trade Center, um complexo de sete edifícios inaugurado em abril de 1973, cujas torres – conhecidas como Torres Gémeas – eram os prédios mais altos do mundo.

Eram o voo 11 da American Airlines, que tinha deixado o aeroporto de Boston às 7h59, rumo a Los Angeles (LA).

Lá dentro seguiam a tripulação de 11 membros, com 76 passageiros a bordo, cinco dos quais se revelariam os sequestradores. E assim começava o dia mais longo da história dos EUA e o mais fatal atentado terrrorista de sempre no planeta.

Até aos três minutos depois das nove da manhã, ainda se pensou que poderia ser apenas uma pequena avioneta a despenhar-se.

Eis que um segundo aparelho se faz explodir contra a torres sul. Era o voo 175 da United Airlines, que também tinha saído de Boston em direção a LA. E um terceiro atinge o Pentágono, sede das forças aramadas dos EUA.

E um quarto avião é derrubado pelos passageiros com enorme coragem, evitando o ataque directo à Casa Branca.

Aí o país e o mundo, de olhos e coração colados ao ecrã, não tiveram mais dúvidas de que aquilo era uma marca, até então nunca vista, de terrorismo à mais alta escala.

Não faltaram momentos de absoluto desespero.

Antes de mais, o homem em queda ou (the falling man ) – como ficaria conhecido o homem apanhado na objetiva de Richard Drew, fotógrafo da Associated Press, em queda livre junto ao edifício e que se tornaria símbolo das cerca de 200 pessoas que, ao saberem que estavam presas nos edifícios, optaram por saltar.

As equipas de resgate e salvamento só pararam quando caíram no chão de esgotamento. Centenas de Bombeiros perderam a vida.

O ar de incredulidade, primeiro, e pânico, depois, na expressão de quem passava haveria de se transformar, em muitos casos, em choro convulsivo.

O dia ficou ainda marcado pela expressão de incerteza e descrença inicial com que ficou George W. Bush, um republicano então presidente dos EUA, ao ser informado de que as Torres Gémeas estavam a ser atacadas.

O presidente estava no primeiro ano de mandato e encontrava-se de visita a uma escola da Florida quando o chefe de gabinete Andy Card lhe disse ao ouvido que um segundo avião chocara contra uma das torres.

Se na altura Bush continuou sentado, deixando as crianças terminar o livro que estavam a ler, depressa reagiu às informações que davam conta da ligação à Al-Qaeda, uma organização fundamentalista islâmica, fundada em agosto de 1988 por Osama Bin Laden, e que visava disputar o poder no Médio Oriente.

Começou por fechar o espaço aéreo americano – obrigando centenas de aviões a voltar para trás ou a aterrar nos aeroportos mais próximos da zona onde estavam e o Air Force One levantou com o Presidente a bordo por medidas de segurança, preparado para permanecer no ar o tempo que fosse necessário.

Gander, na Terra Nova, onde diariamente não chegavam pouco mais de meia dúzia de aviões, recebeu, naquele dia, mais de 200.

E pouco depois, a 7 de outubro, anunciaria o início da guerra ao terrorismo e a invasão do Afeganistão.

Já o local em que as torres se desfizeram em pó haveria de ganhar um novo rosto depois de, em agosto de 2006, a World Trade Center Memorial Foundation e a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey terem começado a construção de um memorial – inaugurado a 11 de setembro de 2011.

. Morreram 2997 pessoas no impacto directo,, mas muitas mais continuaram a morrer devido ao pó inalado entre outras coisas.

  • Redacção e agências e artigo original (refeito) publicado pelo nosso colega Jornal Povo de Portugal que reproduzimos com a devida vénia.

Sobre Jornal de Oleiros

Nascemos em 25 de Setembro de 2009. Lutamos arduamente pela defesa do interior, o apoio às famílias e a inclusão social. Batemo-nos pela liberdade e independência face a qualquer poder. Somos senhores da nossa opinião.
Esta entrada foi publicada em Bombeiros, História com as tags , , , . ligação permanente.

2 Responses to 11 de Setembro, data a recordar sempre

  1. Leitora Assídua diz:

    Excelente artigo!! 11 de Setembro, para recordar sempre…. um dia negro da história … foi difícil acreditar que era atentado e não um acidente!

    • Verdade “Leitora Amiga”, estava num restaurante-café na Areia (Guincho) a comer uma torrada e a beber café e fiquei impressionado com o brutal “acidente”…que depois percebemos ser um atentado. O que mais me incomodou sempre, foram os bombeiros. Tudo a fugir (naturalmente) e eles a avançarem para as torres, impressionante. Grato por nos seguir.

Os comentários estão fechados.