AGRADECIMENTO
(este artigo não segue o novo acordo ortográfico)
Eu, natural de Vilares (actualmente: Vilar Cimeiro, Vilar do Meio e Vilar Fundeiro), venho publicamente agradecer ao senhor Presidente da Câmara de Oleiros e ao senhor Presidente da Junta de Freguesia da Madeirã, a consideração e a estima que têm dedicado à nossa aldeia e aos seus moradores.
Saiu um artigo de opinião, da minha responsabilidade, no jornal de Oleiros publicado (on line) em Junho p.p., dando conta da existência de duas pequenas ermidas, designadas por «alminhas», no troço da EN 350 entre o Bravo e o Vale da Galega.
A primeira, conhecida por Alminhas da Pedrogueira , defendia eu que, por legitimidade histórica, devia pertencer à freguesia da Madeirã, concelho de Oleiros, embora a indicação actual do início do concelho possa suscitar algumas dúvidas. A segunda ermida, localizado junto à povoação de Vale da Galega, exactamente no desvio para o Roqueiro, pertencia sem qualquer dúvida, à freguesia de Pedrógão Pequeno, por conseguinte ao concelho da Sertã.
O artigo era ilustrado com as fotografias de ambas as Alminhas denunciando o seu estado de abandono e de degradação, sugerindo aos respectivos autarcas a importância da sua recuperação, não só por fazerem parte do escasso património popular das povoações, mas principalmente pelo crescente interesse de jovens turistas por este tipo de aldeias, em busca de paisagens diferentes e de vestígios do seu passado rural.
Qual não foi a minha surpresa quando, duas semanas após a publicação do artigo, ao passar pelas Alminhas da Pedrogueira, as vejo com um enquadramento diferente: muito limpas, caiadas, com um novo telhado e, à sua volta, um pequeno espaço preparado para ajardinar; a antiga estrada limpa e bem delineada. Apeei-me e fui admirar o trabalho feito. Naquele momento, a minha satisfação foi indizível!
O senhor Presidente da Câmara lera o meu artigo e sensibilizado com o estado de degradação do pequeno templo, deu instruções ao senhor Presidente da Junta de Freguesia da Madeirã para mandar executar o restauro, o que este fez de imediato. Ou seja, não houve qualquer demora burocrática nem tempo para dúvidas. Faça-se, e fez-se……
Senhor Presidente da Câmara de Oleiros, Comendador José Santos Marques, senhor Presidente da Junta de Freguesia da Madeirã, Isidro Lopes Farinha, os Vilares reconhecidamente agradecem e eu, pessoalmente, desejo que este pequeno reconhecimento de gratidão fique, neste jornal, para «memória futura».
As Alminhas continuam no mesmo local onde foram construídas há mais de 200 anos. Não estão tão visíveis como dantes porque o traçado da estrada foi alterado, mas agora, além de desfrutarem de uma visibilidade satisfatória, torna-se agradável, para quem passa, admirá-las na sua secular robustez, e na sua particularidade documental com o ano e o nome do devoto Padre do «Vilar Simeiro» que as mandou construir.
Sobre as Alminhas do Vale da Galega, certamente ainda nenhum autarca da Sertã leu o meu artigo publicado no Jornal de Oleiros, entretanto já lhe desapareceu o retábulo. Apesar de todas as vicissitudes hão-de ter a sua oportunidade, estou certa.
Alda Barata Salgueiro |