“SEMPRE” dá voz às associações em Castelo Branco -Uma grande desconsideração pelas associações

Uma grande desconsideração pelas associações diz o SEMPRE

“Como o povo diz, há coisas que quando nascem tortas, tarde, mal ou nunca se endireitam.

Vem isto a propósito do que se passou, incluindo o último episódio no passado dia 28 de dezembro, quanto ao apoio às associações por parte do município de Castelo Branco.

Na verdade, por orgulho e falta de humildade, ao não ter ouvido as sugestões e conselhos dos vereadores do SEMPRE – Movimento independente, o executivo meteu-se num imbróglio.

Em primeiro lugar quando abriu (em 2022) uma primeira fase de candidaturas para as associações que se demonstrou um desastre, ao juntar candidaturas de associações culturais e desportivas com critérios iguais.

Perante este desastre, resolveu afirmar que o regulamento existente não servia, e que seriam necessários uns novos, mais transparentes, com princípios diferentes e que explicitassem os critérios de atribuição dos apoios. Afirmações feitas pelo senhor Presidente em reunião publica do executivo.

Mais uma vez, o senhor Presidente, não cumpriu as suas promessas, dado que os regulamentos agora já aprovados, não explicitam os critérios (como afirmado pelo senhor presidente), seguem praticamente os mesmos princípios que o anterior e são menos transparentes, dado excluírem alguns tipos de associações culturais da aplicação dos regulamentos.

Se em 2022, foram atribuídos subsídios com grande atraso, primeiro às associações culturais, através da utilização da abertura de uma candidatura que não servia, e em segundo lugar atribuindo apoios às associações desportivas, também tardios, através do um expediente de suspensão de alguns artigos do regulamento. Em ambos os casos, não cumprindo totalmente o regulamento.

Em 2023, a atribuição dos apoios ainda foi mais dramática.

Em setembro de 2022, o executivo abriu procedimento para a aprovação de novos regulamentos, e por isso esperava-se que no início de 2023, já com novos regulamentos, os apoios fossem céleres.

Acontece que estes regulamentos, apenas foram aprovados em dezembro de 2023, e hoje no início de janeiro de 2024, ainda não foram publicados em Diário da República. Mais de quinze meses para se aprovar novos regulamentos.

Para além disto, decidiu o executivo, abrir um período de candidaturas, tardio, e com base no regulamento anterior, para as associações culturais. Regulamento este que o executivo afirmou, não servir para este objetivo. Afinal servia…

Aconteceu por isto, que estes apoios, só foram aprovados no executivo em dezembro de 2023, e os respetivos protocolos apenas assinados, em cerimónia publica, no penúltimo dia útil do ano, perspetivando-se o pagamento apenas na segunda quinzena de janeiro de 2024. Recorde-se, apoios relativos a 2023, pagos apenas em 2024, sujeitando as associações a isto.

Lembramos ainda que os apoios às associações desportivas em 2023, apenas foram feitas através de adiantamentos de verbas por contrapartida dos apoios a atribuir com os novos regulamentos já em 2024.

Ao longo de todo o ano de 2023, o executivo não esclareceu os albicastrenses o porquê de todo estes atrasos e porque demorou tanto tempo a realizar novos regulamentos. Além do mais, nunca houve os devidos esclarecimentos às associações, numa postura muito pouco consentânea para um executivo de um município, demonstrando aliás a falta de humildade e arrogância também demonstrada no início de todo este processo.

Aliás o SEMPRE considera que para além disto, o executivo, ao realizar uma cerimónia pública de assinatura dos protocolos com as associações culturais, apenas serviu para demonstrar um completo descaramento, ao não assumir perante as associações, todos os erros que levaram a entregar apenas em 2024 as verbas respeitantes a 2023, nem a explicar tudo o que se passou ao longo deste processo, para já não falar no devido pedido de desculpas.

O SEMPRE considera que a realização desta cerimónia, apenas procurou cumprir o principal objetivo do executivo, que é a propaganda. Procurando esconder assim o desastre que foi a gestão deste processo, em que resultou uma completa desconsideração para com o movimento associativo”.

* Pela especificidade, transcrevemos na íntegra.

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