Rede de Judiarias de Portugal alargada a oito novos municípios

FUNDADA EM 2011

A Rede de Judiarias de Portugal, que tem como objetivo principal a valorização do património judaico e cristão-novo, aprovou o pedido de integração de oito municípios, foi ontem anunciado.

Segundo o secretário-geral da rede, Jorge Patrão, na reunião da Assembleia Geral realizada na semana passada na Câmara Municipal de Castelo de Vide foi aprovada a integração dos municípios de Covilhã, Fundão, Torre de Moncorvo, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda, Idanha-a-Nova, Seia e Almeida.

A adesão do município de Almeida, no distrito da Guarda, foi acolhida com satisfação pelo presidente da Junta de Freguesia de Malhada Sorda, naquele concelho, que tem em curso o projeto de recuperação da antiga Sinagoga, para integrar o roteiro nacional de turismo judaico.

O projeto está bem encaminhado. Falta só o lançamento do concurso público, que deverá ser lançado até ao final do ano“, disse o autarca à agência Lusa.

Segundo Jorge Matias, o edifício da antiga Sinagoga, que se encontra em ruínas, foi adquirido há cerca de dois anos pela Junta de Freguesia para ser recuperado para fins turísticos.

O edifício onde terá funcionado a Esnoga (designação dada a uma Sinagoga pequena) de Malhada Sorda tem uma janela manuelina, um relógio de sol e um armário sagrado“, contou.

A recuperação vai custar cerca de 100 mil euros e será apoiada pela Câmara Municipal de Almeida e pela Rede de Judiarias de Portugal.

A sua recuperação para fins turísticos será uma mais-valia para a localidade de Malhada Sorda e também para o concelho de Almeida, visto que “a Câmara Municipal também vai criar, em Vilar Formoso, um Memorial dedicado ao cônsul Aristides de Sousa Mendes e aos judeus e refugiados da 2.ª Guerra Mundial“, disse.

O autarca reconhece que os projetos serão “dois pontos de grande interesse ao nível do concelho de Almeida” e que, por isso, valoriza a integração daquele município na Rede de Judiarias de Portugal.

A adesão do município de Almeida à Rede de Judiarias será uma mais-valia para a divulgação do património judaico que tem uma presença bastante forte na nossa região“, concluiu.

A Rede de Judiarias de Portugal, fundada em 2011, integra agora 28 municípios nacionais, cinco entidades regionais de turismo e as Comunidades Israelita de Lisboa e Judaica de Belmonte.

Municípios como Lisboa, Porto, Évora, Leiria, Guarda, Castelo Branco e Elvas também incorporam a associação.

*Jornal de Oleiros/Lusa

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