
Paulino B. Fernandes
Escrevo triste com tudo o que se passou ontem em Portugal, dia 1 de Maio, dia do trabalhador.
Defendo que este dia deveria ser dedicado à celebração das conquistas, da liberdade, da capacidade de inserção nas sociedades.
Deveria assim criticar todos os que acorreram ao Pingo Doce para passar o dia fechados em lojas, “combatendo” por produtos mais baratos, mais acessíveis.
Lembro-me nesta nota do sofrimento dos próprios empregados desta cadeia de supermercados que sofreram imenso, alguns foram mesmo mal tratados de forma injusta.
Eles estavam ali porque tinham que estar.
A precaridade dos seus empregos, o baixo salário e o perigo que corriam ao não comparecer, eram significativos.
Por isso, pela miséria que grassa em Portugal, por estes trabalhadores, critico apenas a data escolhida para esta campanha desta companhia.
Esta campanha lançada em dia diferente e até prolongada por dois dias, teria atingido um imenso sucesso sem ferir susceptilidades e colocar trabalhadores contra trabalhadores.
Os empresários que provocaram este drama, não estiveram bem.
Director